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Anthropologist Albano de Oliveira: “Please, stop erasing black women”

July 25 was established as Black, Latin American and Caribbean Women's Day in 1992

Pubblicato:28-07-2021 14:58
Ultimo aggiornamento:28-07-2021 15:45
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Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
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By Bianca Oliveira

SAO PAULO – The week began with the celebration of the Latin American Black Women’s Day, marked by a series of celebrations throughout Brazil. Anthropologist and researcher Raissa Albano de Oliveira commented, in an interview with the Dire news agency, on the importance of commemorating dates like these.

“In a country that has a vocation to erase its memory of black and indigenous peoples, it is essential to celebrate those who came before us and who made changes in the installed dynamics. And even with the established commemorative date, it is rare to hear about people like Tereza Benguela (leader of the Quilombo do Quariterê), Abdias do Nascimento (intellectual, politician, writer), Beatriz Nascimento (historian, screenwriter and poet) and Maria Firmina dos Reis (first Brazilian novelist) in schools and universities”.


July 25 was established as Black, Latin American and Caribbean Women’s Day in 1992 and recognized by the United Nations in the same year. The objective is to give visibility to the struggle of black women against gender oppression, exploitation and racism.

In Brazil, the date was made official by Law in 2014 as the National Day of Tereza de Benguela and the Black Woman, honoring one of the women who is a symbol of resistance and leadership in the fight against enslavement.

Giving visibility to the stories of black populations is the objective of the Black Cartography Collective, of which Raissa is a researcher and idealizer. “Our aim is to bring back the memories and contributions of our black ancestors who are often politically erased from the narratives of city construction,” she explains.

Among the tributes, the Black Women’s March took place in São Paulo, virtually, which in addition to promoting discussions and artistic interventions, published a manifesto calling for “vaccine, housing, food, employment and demarcation of quilombola and indigenous lands” and states: “Neither hunger, nor shooting, nor Covid.”

According to the anthropologist, racial discrimination as an aggravating factor for inequality among women is an important factor to consider in order to achieve gender equality in Brazil.

“It is essential to think about race in the elaboration of new public policies and actions that promote gender equality, as discrimination and the specificities of the experiences and struggles of black women are often left aside. We are the majority in the Brazilian population, but we are the ones who are in greater numbers in precarious professions”, says Raissa.

“È essencial pensar a raça na elaboração de novas políticas públicas”, diz antropóloga

Pesquisadora e idealizadora do Coletivo Cartografia Negra fala sobre o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Por Bianca Oliveira

São Paulo – A semana começou com a comemoração do Dia da Mulher Negra Latino-Americana, marcado por uma série de celebrações por todo o Brasil. A antropóloga e pesquisadora Raissa Albano de Oliveira comentou, em entrevista à agência de notícias Dire a importância de se comemorar datas como essa.

“Em um país que tem vocação para apagar sua memória referente aos povos negros e originários, torna- se essencial celebramos os que vieram antes de nós e que fizeram mudanças nas dinâmicas instaladas. E mesmo com a data comemorativa instituída é raro se ouvir falar sobre pessoas como Tereza Benguela (líder do quilombo do Quariterê), Abdias do Nascimento (intelectual, político, escritor), Beatriz Nascimento (historiadora, roteirista e poeta) e Maria Firmina dos Reis (primeira romancista brasileira) nas escolas e universidades”.

O dia 25 de julho foi instituído como o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha em 1992 e reconhecido pela Organização das Nações Unidas no mesmo ano. O objetivo é dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.

No Brasil, a data foi oficializada por Lei, em 2014 como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das mulheres que é símbolo de resistência e liderança na luta contra a escravização.

Dar visibilidade às histórias das populações negras é o objetivo do Coletivo Cartografia Negra, do qual Raissa é pesquisadora e Idealizadora. “Nosso intuito é trazer as memória e as contribuições de nossos ancestrais negros que muitas vezes são politicamente apagados das narrativas de construção das cidades”, explica.

Entre as homenagens, aconteceu em São Paulo, de forma virtual, a Marcha das Mulheres Negras, que além de promover discussões e intervenções artísticas, divulgou um manifesto pedindo por “vacina, moradia, comida, emprego e demarcação de terras quilombolas e indígenas” e afirmam: “Nem fome, nem tiro, nem Covid.”

Segundo a antropóloga, a discriminação racial como um agravante de desigualdade entre as mulheres é um fator importante a se considerar para alcançar a igualdade de gênero no Brasil.

“É essencial pensar a raça na elaboração de novas políticas públicas e ações que promovam a igualdade de gênero, pois a discriminação e as especificidades das vivências e da luta das mulheres negras são muitas vezes deixadas de lado. Somos maioria na população brasileira, mas somos quem está em maior número em profissões precarizadas”, afirma Raissa.

ALBANO (ANTROPOLOGA): “BASTA CANCELLARE LE DONNE NERE

di Bianca Oliveira

SAN PAOLO DEL BRASILE – “Ricordare e celebrare è essenziale in un Paese che spesso cancella la memoria dei popoli neri e nativi”: così la ricercatrice e antropologa Raissa Albano de Oliveira, intervistata dall’agenzia Dire in occasione del Dia da Mulher Negra Latino-Americana.

“Dobbiamo celebrare coloro che sono venuti prima di noi e che hanno contribuito al cambiamento” sottolinea Albano. “Nonostante questa ricorrenza resta raro sentir parlare nelle scuole e nelle università di personalità come Tereza Benguela, leader di Quilombo do Quariterê, Abdias do Nascimento, intellettuale, politica e scrittrice, Beatriz Nascimento, storica, scrittrice e poeta, o Maria Firmina dos Reis, prima romanziera brasiliana”.

Il Dia, una giornata dedicata alle donne caraibiche, latinoamericane e nere, è stato istituito nel 1992 e riconosciuto dalle Nazioni Unite nello stesso anno. L’obiettivo è dare visibilità alla lotta delle donne nere contro l’oppressione di genere, lo sfruttamento e il razzismo. In Brasile la ricorrenza è stata sancita da una legge del 2014 che prevede una dedica speciale a Tereza de Benguela, in omaggio a una donna simbolo di resistenza e leadership nella lotta contro lo schiavismo.

Dare visibilità alle storie delle popolazioni nere è l’obiettivo del Coletivo Cartografia Negra, del quale Albano è studiosa e allo stesso tempo animatrice. “Il nostro scopo – dice l’antropologa – è riportare alla luce la memoria e i contributi dei nostri antenati neri che sono spesso cancellati politicamente dalle narrative pubbliche”.

Secondo Albano, la discriminazione razziale è un elemento che aggrava la disuguaglianza anche tra le donne e che va contrastata con decisione. “Bisogna pensare a questo quando si elaborano nuove politiche pubbliche e azioni a sostegno delll’uguaglianza di genere perché le discriminazioni e le specificità delle esperienze e delle lotte delle donne nere sono spesso messe da parte” sottolinea Albano. “Siamo la maggioranza della popolazione brasiliana ma siamo soprattutto noi a occupare i posti di lavoro delle professioni e dei mestieri più precari”.

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