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Four decrees aim at “reducing bureaucracy” in access to firearms

Daniel Cerqueira: "Arms policy goes against any possibility of introducing into Brazil a rationality in the issue of public security”

Pubblicato:16-02-2021 17:26
Ultimo aggiornamento:16-02-2021 17:28
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by Bianca Oliveira

SAO PAULO – Last Friday (12), the President of the Republic, Jair Bolsonaro, published four decrees “aimed at reducing the bureaucracy and increasing the clarity of the rules” regarding access to firearms.

In a publication, the federal government emphasized that “the package of amendments to the arms decrees comprises a set of measures that aim to materialize the right that persons authorized by law have to acquire and carry firearms and to exercise the activity of a collector, sniper and hunter, within the spaces and limits permitted by law “.


With easy access, Brazil broke a record of 180,000 new firearms registered with the Federal Police in 2020, an increase of 91% over the previous year. The recent measures increase the limit on the number of weapons for each civilian and the permitted number of ammunition for purchase, in addition to removing the inspection role from the army.

In interviews to Dire news agency, Daniel Cerqueira, a member of the Brazilian Public Security Forum Council (FBSP – Fórum Brasileiro de Segurança Pública), says this is one of the factors that contributed to the increase in violence in the country in 2020.

“I believe that there is already an effect of firearms on homicides in the country. The weapon has several paths until it is often stolen and falls into the hands of criminals. Just to give you an idea, in 2006, the Parliamentary Commission of Inquiry (CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito) demonstrated that 86% of the weapons seized in a criminal situation were of illegal origin. This arms policy goes against any possibility of introducing a rationality in the matter of public security in Brazil ”, he explains.

According to Cerqueira, the fight against crime involves the construction of a National Public Security Policy, based on qualified repression and social prevention with a focus on vulnerable communities.

“There is no single recipe to end the Public Security problem, but there are common solutions. An important first pillar is the change in the form of police work towards acting guided by intelligence and by working together with communities. The second pillar involves the social prevention of violence, because if we want to do a job with sustainability over time, we have to invest in early childhood, in access to education and employment, so that young people can have a choice outside from the world of crime”.

QUATTRO DECRETI PER ‘SBUROCRATIZZARE’ VENDITE ARMI DA RECORD

di Bianca Oliveira

SAN PAOLO DEL BRASILE – Quattro decreti relativi all’accesso alle armi da fuoco, “destinati a rendere meno burocratiche e ad aumentare la chiarezza delle norme”, sono stati pubblicati dal presidente brasiliano Jair Bolsonaro.

In una nota l’esecutivo federale ha enfatizzato che “il pacchetto di emendamenti dei decreti sulle armi comprende un insieme di misure che vogliono dare forma concreta al diritto delle persone autorizzate dalla legge ad acquisire e portare un’arma da fuoco, nell’esercizio dell’attività di collezionista, di tiratore e di cacciatore, sempre entro i confini fissati dalla legge”.

Con l’accesso facilitato, il Brasile ha battuto il record di 180.000 nuove armi da fuoco registrate alla Polizia federale nel 2020, con un aumento del 91 per cento rispetto all’anno precedente. Le misure recenti ampliano i limiti nel numero di armi da fuoco per ogni civile e il numero permesso di munizioni per ogni acquisto, oltre a togliere all’esercito il ruolo di ispettore. In un’intervista con l’agenzia Dire, Daniel Cerqueira, un esponente del Conselho do Forum Brasieliro de Seguranca Publica, sottolinea che i provvedimenti rischiano di contribuire a un aumento della violenza.

“Credo che si può già ravvisare un effetto sugli omicidi da arma da fuoco nel Paese” spiega l’esperto. “Le armi percorrono varie strade fino a che, molto spesso, vengono rubate o cadono nelle mani dei criminali. Solo per dare un’idea, nel 2006 una commissione parlamentare d’inchiesta ha dimostrato che l’86 per cento delle armi individuate in una scena del crimine aveva origine illegale”. Secondo Cerqueira, “questo tipo di politica sulle armi va contro qualsiasi possibilità di introdurre un principio razionale sulla questione della pubblica sicurezza in Brasile”.

Secondo l’esperto, la lotta al crimine passa per l’istituzione di una “Politica Nacional de Seguranca Publica”, basata su un’opera di repressione qualificata e di prevenzione sociale con un focus sulle comunita’ vulnerabili.
“Non esiste una sola ricetta per mettere fine ai problemi della pubblica sicurezza, ma esistono soluzioni comuni” sottolinea Cerquiera.

Un primo importante pilastro è costituito dal cambiare il modo di lavorare della polizia, d’intesa con l’intelligence e con più cooperazione con le comunità; il secondo pilastro riguarda la prevenzione sociale della violenza, visto che se facciamo un lavoro che vuole essere sostenibile sul lungo periodo dobbiamo investire sull’infanzia, sull’accesso all’educazione e al lavoro, affinché tutti i giovani possano avere una possibilità fuori dal mondo del crimine”.

DANIEL CERQUEIRA: “A POLÍTICA ARMAMENTISTA VAI CONTRA QUALQUER POSSIBILIDADE DE SE INTRODUZIR NO BRASIL UMA RACIONALIDADE NA QUESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA”

por Bianca Oliveira

SAO PAULO – Na última sexta-feira (12), o presidente da República, Jair Bolsonaro, publicou quatro decretos “destinados a desburocratizar procedimentos e aumentar a clareza das normas” relativas ao acesso à armas de fogo. 

Em nota, o governo federal enfatizou que “o pacote de alterações dos decretos de armas compreende um conjunto de medidas que visam materializar o direito que as pessoas autorizadas pela lei têm à aquisição e ao porte de armas de fogo e ao exercício da atividade de colecionador, atirador e caçador, nos espaços e limites permitidos pela lei”.

Com acesso facilitado, o Brasil bateu recorde de 180 mil novas armas de fogo registradas na Polícia Federal em 2020, um aumento de 91%. As medidas recentes ampliam o limite do número de armas para cada civil e o número permitido de munições para a compra, além de retirar do exército o papel de fiscalização.

Em entrevistas à agência de notícias Dire, Daniel Cerqueira, membro do Conselho do Fórum Brasieliro de Segurança Pública, afirma esse é um dos fatores que contribuíram para o aumento da violência no país em 2020.

“Eu acredito que já há um efeito das armas de fogo nos homicídios do país. A arma tem vários caminhos até que, muitas vezes, seja roubada e caia na mão de criminosos. Só para ter uma ideia, em 2006, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) demostrou que 86% das armas apreendidas em situação de crime tinham origem ilegal. Essa política armamentista vai contra qualquer possibilidade de se introduzir no Brasil uma racionalidade na questão da segurança pública”, explica.

Segundo Cerqueira, o combate ao crime passa pela construção de uma Política Nacional de Segurança Pública, pautada na repressão qualificada e na prevenção social com foco em comunidades vulneráveis.

“Não existe uma receita única para acabar com o problema da Segurança Pública, mas existem soluções comuns. Um primeiro pilar importante é a mudança na forma do trabalho policial para uma atuação orientada pela inteligência e por um trabalho conjunto com as comunidades. O segundo pilar envolve a prevenção social da violência, pois se a gente quer fazer um trabalho com sustentabilidade ao longo do tempo, a gente tem que investir na primeira infância, no acesso à educação e ao emprego, para que os jovens possam ter opção fora do mundo do crime”.

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