NEWS:

Il politologo André Régis: “Il progetto Lula resta da decifrare”

Le incognite della transizione. E le scelte possibili del prossimo presidente del Brasile, dopo il successo su Bolsonaro

Pubblicato:25-11-2022 19:06
Ultimo aggiornamento:25-11-2022 19:26
Autore:

FacebookLinkedInXEmailWhatsApp

di Joao Vitor Rodrigues Marcelo

SAN PAOLO (BRASILE) – La squadra che dovrà portare al governo di transizione del presidente eletto Luís Inácio Lula da Silva è quasi pronta. Dei 33 gruppi tecnici previsti, solo tre devono essere ancora definiti. Alla squadra della transizione si sono aggiunti nuovi nomi, fra questi l’economista del Partido dos Trabalhadores (Pt) Márcio Pochmann, ex presidente dell’Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e gli ex ministri Patrus Ananias e Mauro Borges Lemos, pure del Pt. I due hanno fatto parte sia dei governi Lula che della presidente che lo aveva succeduto, Dilma Rousseff.
I 30 gruppi tecnici che sono stati costituiti hanno già iniziato i loro lavori. Non ancora annunciata la composizione di quelli relativi a “centro di governo”, “intelligence strategica” e “difesa”.

IL CONFRONTO CON IL 2002

In un’intervista con l’agenzia Dire, il professore di Scienze politiche dell’Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe) André Régis analizza la squadra di governo di transizione formata finora. Secondo l’esperto, l’attuale composizione dei gruppi tecnici non permette di comprendere quale sarà la configurazione dell’esecutivo a guida Lula, il cui mandato inizierà il primo gennaio 2023. “Il punto è che manca un po’ l’anima tecnica di questo governo” spiega Régis. “In sintesi è impossibile capire quali saranno i contenuti dell’amministrazione Lula. Molti dei nomi indicati provengono da formazioni alleate che non sono state elette lo scorso ottobre”.
Secondo il docente, l’attuale scenario è molto diverso da quello che Lula dovette affrontare quando formò il suo primo governo, nel 2002. “La fase di transizione dal governo dell’allora presidente ex Fernando Henrique Cardoso è stata più centrata su questioni tecniche” prosegue Régis. “In quell’occasione ci fu un passaggio di consegne lineare da una squadra economica guidata da Pedro Malan a una gestita da Antonio Palocci”.


IL RICORSO DEL PARTITO DI BOLSONARO

Il nodo centrale resta però il diverso comportamento fra l’ex presidente di allora, appunto Cardoso, e quello di adesso, il Jair Bolsonaro uscito sconfitto dalle urne. Il professore è dell’idea che Bolsonaro segua lo stesso copione dell’ex presidente americano Donald Trump, tanto nelle intuizioni indovinate quanto negli errori. “Bolsonaro potrebbe essere il leader dell’opposizione, perché è stato il vincitore del primo turno delle elezioni, vista la maggioranza ottenuta al Senato e alla Camera dal suo partito”, afferma Régis, che prosegue: “Il capo di Stato uscente può aver pensato di attendere quattro anni, mettere insieme le forze e fare ritorno sulla scena politica per le prossime elezioni”.
Quanto a Cardoso, invece, il docente evidenzia che l’ex presidente aveva altri piani per il proprio futuro politico. “Non a caso c’era stata una transizione molto pulita, tecnica. Palocci addirittura, assunse l’incarico di ministro delle Finanze mantenendo dirigenti del precedente governo”. Tutto il contrario, secondo Régis, dell’incertezza continua che si osserva adesso: “Da parte di Bolsonaro non c’è neanche la volontà di comportarsi come uno statista, come invece volle Cardoso trasferendo senza intoppi il potere a Lula”.
Questa settimana il partito del capo dello Stato uscente, il Partido Liberal (Pl), ha presentato una richiesta di verifica straordinaria del risultato del ballottaggio dello scorso 30 ottobre al Tribunal Superior Eleitoral (Tse). Senza presentare prove di frodi, il Pl chiede che siano annullati i voti di 250mila macchine elettorali elettroniche. La formazione politica di Bolsonaro ha consegnato al Tse un rapporto messo a punto da un’azienda di consulenza privata, nel quale si afferma che le urne anteriori alla tipologia impiegata dal 2020, circa il 60% del totale utilizzato nelle elezioni, hanno un numero progressivo univoco, quando, a parere della società di consulenza, dovrebbero presentare un numero personalizzato, perché solo allora, dice il rapporto, sarebbe possibile effettuare un audit. Per Régis, l’argomento presentato da Bolsonaro e dal suo partito non ha alcun senso. “Una cosa interessante è che queste urne di cui viene messa in dubbio la funzionalità sono state utilizzate per la vittoria di Bolsonaro nel 2018″ sottolinea il professore. “Quindi è strano mettere in discussione urne che già sono state testate e che hanno portato l’ex capo dello Stato alla presidenza”.

“CONTENZIOSO IN MALAFEDE”

Il massimo giudice del Tse, Alexandre de Moraes, ha negato la richiesta di verifica straordinaria. Secondo il magistrato, il Pl non ha presentato indizi di frode che giustifichino un nuovo esame dei voti delle urne elettroniche. Moraes ha anche condannato la coalizione per la campagna di rielezione di Bolsonaro a pagare una multa di quasi 22 milioni di reais, quasi quattro milioni di euro, per “contenzioso in malafede”. Con questa formula si indica una richiesta di attivazione di una procedura giudiziaria condotta in modo irresponsabile.

COM BASE NO GOVERNO DE TRANSIÇÃO AINDA NÃO DÁ PRA SABER COMO SERÁ A COMPOSIÇÃO DO GOVERNO LULA”, AFIRMA PROFESSOR DE CIÊNCIAS POLÍTICAS

SAO PAULO DO BRASIL – O governo de transição de Luís Inácio Lula da Silva já está quase todo formado. Dos 33 grupos técnicos, só falta fechar a composição de três.A equipe de transição ganhou novos nomes, entre eles o economista Márcio Pochmann, do PT, ex-presidente do Ipea, e os ex-ministro Patrus Ananias, do PT, e Mauro Borges Lemos. Os dois participaram dos governos Lula e Dilma.Trinta grupos técnicos estão formados e começaram os trabalhos. Três ainda não foram anunciados: Centro de Governo, Inteligência Estratégica e Defesa.
Em entrevista à Agência Dire, o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) André Régis, analisou a composição do governo de transição e avalia que ainda não dá para dizer como será a configuração do novo governo que se inicia no dia 1º de Janeiro de 2023. “O que está acontecendo é que não há nada técnico envolvendo a equipe de transição. Em resumo, não dá para saber nada do que virá o governo Lula pela transição montada até agora. Muitos nomes indicados são de aliados que não conseguiram se eleger neste último pleito”, afirma André Régis O professor ainda comenta que a situação atual é muito diferente da enfrentada por Lula em seu primeiro governo de transição, em 2002. “O que está acontecendo agora nessa transição é muito diferente da transição ocorrida do governo Fernando Henrique Cardoso para o primeiro governo Lula. Naquela oportunidade, a transição, ela foi mais técnica. Ela foi uma transição, onde havia uma passagem de bastão de uma equipe econômica liderada pelo Pedro Malan e da equipe econômica que chegava liderada por Antônio Palocci.” disse o professor.
Régis ainda argumenta que isso se dá pelo fato da diferente postura assumida por Fernando Henrique Cardoso em relação a postura do atual presidente, Jair Messias Bolsonaro. Para o professor, Bolsonaro segue o roteiro de Donald Trump, tanto nos acertos como nos erros, “Ele poderia sair forte como o principal líder da oposição, porque ele foi o grande vitorioso do primeiro turno. Na medida em que o seu partido fez a maior bancada na Câmara e no Senado. Assim, ele poderia ter pensado dessa forma, aglutinar forças e esperar mais quatro anos para voltar à cena política.” Já FHC (Fernando Henrique Cardoso), André Régis relembra que ele tinha outros planos para o seu futuro político. “As equipes se reuniram. Houve uma transição tão bem sucedida, tão técnica, que Antônio Palocci assumiu o Ministério da Fazenda com nomes do antigo governo Fernando Henrique. Nos dias atuais, o que é que está acontecendo? A incerteza continua. Primeiro, porque é muito diferente da transição de 2002, quando houve este esforço de Fernando Henrique de sair como um grande estadista, transmitindo o poder para Lula.” Nesta semana, o PL (Partido Liberal), partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições. Sem apresentar qualquer prova de fraude, o PL pediu a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas. O partido entregou ao TSE um relatório elaborado por uma consultoria privada, que alega que as urnas anteriores ao modelo 2020, cerca de 60% do total utilizado nas eleições, têm um número de série único, quando, na opinião da consultoria, deveriam apresentar um número individualizado, porque somente assim, afirma o relatório, seria possível fazer uma auditagem. Para Régis, o argumento apresentado por Bolsonaro e seu partido não tem sentido. “Uma coisa interessante é que essas urnas que estão sendo questionadas foram usadas para a vitória de Bolsonaro em 2018. Então é uma coisa esdrúxula questionar as urnas que foram testadas e que levaram Bolsonaro à presidência.” Em resposta, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (Tse), Alexandre de Moraes, negou o pedido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições. Moraes considerou que a ação do partido não apresenta qualquer indício ou prova de fraude que justifique a reavaliação de parte dos votos registrados pelas urnas. O ministro ainda condenou a coligação da campanha à reeleição de Bolsonaro a pagar uma multa de quase R$ 22 milhões por litigância de má-fé, que é quando a Justiça é acionada de forma irresponsável.

“BASED ON THE TRANSITIONAL GOVERNMENT, IT IS STILL NOT POSSIBLE TO KNOW WHAT THE COMPOSITION OF THE LULA GOVERNMENT WILL BE LIKE”, SAYS POLITICAL SCIENCE PROFESSOR

SAO PAULO – The transitional government of Luís Inácio Lula da Silva is almost complete. Of the 33 technical groups, only three remain to be finalized. The transition team gained new names, including economist Márcio Pochmann, from the PT, former president of Ipea, and former minister Patrus Ananias, from the PT, and Mauro Borges Lemos. The two participated in the Lula and Dilma governments. Thirty technical groups have been formed and started work. Three have yet to be announced: Center for Government, Strategic Intelligence and Defense.

In an interview with Agência Dire, professor of Political Science at the Federal University of Pernambuco (UFPE) André Régis, analyzed the composition of the transitional government and assesses that it is still not possible to say how the configuration of the new government that begins on the 1st will be January 2023. “What is happening is that there is nothing technical involving the transition team. In short, it is not possible to know anything about what the Lula government will come up with due to the transition set up so far. Many names indicated are from allies who do not managed to get elected in this last election”, says André Régis.

The professor also comments that the current situation is very different from that faced by Lula in his first transitional government, in 2002. “What is happening now in this transition is very different from the transition that occurred from the Fernando Henrique Cardoso government to the first Lula government. On that occasion, the transition was more technical. It was a transition, where there was a passing of the baton between an economic team led by Pedro Malan and the arriving economic team led by Antônio Palocci.” said the professor

Régis also argues that this is due to the different position taken by Fernando Henrique Cardoso in relation to the position of the current president, Jair Messias Bolsonaro. For the professor, Bolsonaro follows Donald Trump’s script, both in successes and failures, “He could come out strong as the main leader of the opposition, because he was the great victor of the first round. As the party made the largest bench in the House and Senate. So he could have thought that way, gathered forces and waited another four years to return to the political scene.” As for FHC (Fernando Henrique Cardoso), André Régis recalls that he had other plans for his political future. “Teams came together. There was a transition so successful, so technical, that Antônio Palocci took over the Ministry of Finance with names from the former Fernando Henrique government. These days, what’s going on? Uncertainty continues. First, because it is very different from the 2002 transition, when Fernando Henrique made this effort to emerge as a great statesman, transferring power to Lula.”

This week, the PL (Liberal Party), President Jair Bolsonaro’s party, entered the Superior Electoral Court (TSE) with a request for extraordinary verification of the result of the second round of elections. Without presenting any proof of fraud, the PL asked for the invalidation of the votes of more than 250,000 electronic voting machines. The party submitted to the TSE a report prepared by a private consultancy, which alleges that electronic voting machines prior to the 2020 model, about 60% of the total used in elections, have a unique serial number, when, in the opinion of the consultancy, they should present an individual number, because only then, says the report, would it be possible to carry out an audit. For Régis, the argument presented by Bolsonaro and his party is meaningless. “An interesting thing is that these electronic voting machines that are being questioned were used for Bolsonaro’s victory in 2018. So it is an odd thing to question the electronic voting machines that were tested and that led Bolsonaro to the presidency.”

In response, the president of the Superior Electoral Court (TSE), Alexandre de Moraes, denied the request for extraordinary verification of the result of the second round of elections. Moraes considered that the party’s action does not present any evidence or evidence of fraud that would justify the reassessment of part of the votes recorded by the electronic voting machine. The minister also condemned Bolsonaro’s re-election campaign coalition to pay a fine of almost R$ 22 million for litigation in bad faith, which is when Justice is triggered irresponsibly.

Le notizie del sito Dire sono utilizzabili e riproducibili, a condizione di citare espressamente la fonte Agenzia DIRE e l’indirizzo www.dire.it